Não sou um poeta de livros sou desses de arrancá-los das poças d’água na rua do prisma furta-cor do olhar da contração da aurora nua, Nas páginas giram insetos dessa eletricidade de durar letras de céu, ou de chuva rimas de mar e estranhezas saem da alma como luva, Sou o que sonha desperto e vigio o sono de imaginar na tipografia de silêncio gravo as cavidades infinitesimais de mundos a desmoronar, Não sendo um poeta de livros escrevo-me é de penumbra na folha em branco que sou esse é o tomo impublicável que se desfolha aonde vou...
de palavras, universos e inconclusões...