Colors in the wind - por J. Ribas Sou culpado de subir os degraus que a lança do sol não quis vencer e crer em coisas que não acontecem porque um dia podem acontecer, sou o culpado dessa fé persistente do café embotado na xícara sem ler o borrão no último gole do ser de ficar quieto, e continuar a viver; Sou culpado pela insolência do porte pelo desafio da alma, a taça quebrada o açúcar derramado, a poeira no livro pelo sangue no dedo ao cortar o raio que interrompe o convexo e a maçã, sou culpado pelo pecado mesmo e até pela anuência do pecado na condenação sumária de querer; Sou culpado do verso que não fiz pela areia no aparelho sanitário pelo assombro falso de sorrir sou culpado pelo tumulto da ordem pelo tempo partido nas asas do colibri, sou o romântico e a desculpa piegas para o entrevero tosco do final e pelos beijos fadados a me trair; Sou o simplório culpado, o esperançoso aquele que fica a espreita da luz
de palavras, universos e inconclusões...